"Não me ame, eu não quero ver você assim..."
"Vá-se embora, eu não choro, sei cuidar de mim..."
"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."
"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."
segunda-feira, 4 de março de 2013
Balanços
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Tentações
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Maceió - São Paulo
em frente ao mar
é mais fácil chorar.
A cada lágrima que brota,
o vento insiste enxugar.
Não que Maceió seja perfeito.
Não tenho esse direito,
nem estou aqui para julgar.
É que São Paulo é uma grande figura,
de uma intensa misura,
tão difícil de amar.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Manguezais
Mangue.
voar.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Terra árida
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
A gota caída...
bor
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Flor de ébano
negra e macia.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Sou Maria
sábado, 8 de dezembro de 2012
Algo mais sobre Maria
Não se prenda,
sábado, 1 de dezembro de 2012
Ruptura
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
As reminiscências de um mal estar desconfiado
sábado, 17 de novembro de 2012
Afogados
sábado, 10 de novembro de 2012
Transferência
sábado, 3 de novembro de 2012
Primavera onírica (Inverso dedicado à G.S.D.)
domingo, 14 de outubro de 2012
Marcas na pele
(um lapso de memória...)
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Transcrito do sânscrito
domingo, 23 de setembro de 2012
Um camarada (à Manoel de Assis)
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Último trem
terça-feira, 15 de maio de 2012
Dias e noites à Eduardo Galeano
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Coração decidido
terça-feira, 17 de abril de 2012
(IM)PRECISO
Cheia de contornos imprecisos
e cores mal definidas.
Idas;
vindas.
Pele.
Distância?
Até em sonho há de se encontrar.
Destino?
Não!
Acredito no beijo,
sorrisos,
nada de planos.
Lápis,
papel,
Borracha.
Pincel,
quadro.
Aquarelas de cores.
Da tristeza do cinza,
ao alegre amarelo do alvorecer.
Essa é a vida.
Linhas tortas,
letras borradas.
Sem roteiro preciso.
De cores borradas.
Sempre no esforço de um dia acertar.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
O Reencontro
Entre os encontros
o coração a palpitar.
A antiga lembrança
nova será.
Teus cabelos lisos,
seu sorriso fácil.
Que pele macia!
Timidez momentânea.
As duas mãos se encontram.
Cerra-se a porta.
No som uma balada conhecida,
dois corpos entrelaçados.
A esperança do reencontrar.
Beijos como a prova do carinho,
a felicidade ao conversar.
Na despedida:
Medos e dúvidas,
Sorrisos e mais beijos.
Lágrimas felizes de saudades.
E o reencontro?
Algo que só o tempo nos dirá.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Queimadas
Arredio,
sopro ali e acolá.
Não posso ver chama.
Assobio
para ela alimentar.
És fogo.
Tens brilho próprio,
mas precisas de alguém
para alimentar-te?
Eu sei,
se sou vento
e és fogo,
nunca me cansarei
de ao simples suspiro
prover a tua chama
do mais puro oxigênio
e aumentar a tua fome.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
São Paulo-Maceió
Sons de carros
e janelas
fizeram-me recordar
o barulho das ondas
e o verde do meu mar.
Não que São Paulo
seja tão Maceió.
Talvez devaneio,
ou saudades do meu lar.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Vento e Terra
estabanado
e afoito;
sopro em qualquer direção.
Ora sou brisa,
fina
e calma,
acariciando tua face.
Ora sou tempestade,
impaciente
e impulsivo,
rompendo teus tímpanos.
Ora sou sul,
frio
e seco,
ignorando tua presença.
Ora sou tropical,
quente
e úmido,
levando-te a gozo.
Se sou vento,
por que ousas prender-me?
Logo tu,
que és terra.
Firme,
forte
e que chora ao ser agredida.
Talvez,
terra,
não consigas me prender.
Talvez,
terra,
pretendas me acalmar.
Torna-me-ei brisa,
um vento quente e úmido dos trópicos,
só para te agradar?
Sem mim,
terra,
não fertilizarás?
Não brotará de ti
fruto sequer?
E sem tu,
terra,
não poderei mais
percorrer
toda essa imensidão?
Sem a terra
eu perco meu direito
de existir?
Se sou vento
e és terra.
Espalho-te pelo mundo,
para sempre ter
um pedaço de ti.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Manifesto
encravado em minha carne
é a verdade
soluçada em pranto.
Toda cólica
tem um pouco de cólera,
de vísceras retorcidas
em dor.
Gostaria de falar
das alegrias cotidianas,
da alvorada barulhenta
e do quarto
sem ângulos retos.
Obtuso aos problemas,
agudo no sofrimento.
Estou farto dos sentimentos retos.
Incongruentemente,
vivo.
Viva toda cólica,
todo sentimento
nascente da mais pura
angústia!
Só acredito naquilo
que dói,
que aperta o peito,
ou que faz o coração saltar.
Abaixo todo sentimento
encarcerado
no gradil das costelas!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
- Poema pílula II -
seria mais fácil chorar.
As lágrimas iriam se confundir
com todo esse gosto salgado.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Dialética da Saudade
ou uma felicidade-triste?
A melancolia depressiva dos domingos.
A nostalgia das boas lembranças
Saudade,
ora triste,
ora feliz,
ora os dois.
A representação do novo,
o movimento ativo
da união de contrários.
A palavra que falta em outras línguas.
Síntese de tudo que é humano,
e por sinal, concreto.
Materialmente dialético.
domingo, 11 de julho de 2010
- Poema pílula -
escolhi a mais lenta.
Sofrer, sofrer e sofrer;
para ver até onde meu corpo aguenta.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Espelho
a imagem refletida
não é a mesma.
Sonhos, medos e feridas
tudo novo
inclusive essa lágrima.
Vejo-me um homem
melhor.
Derrotado?
Não mais.
Talvez confuso,
sem paz.
Esse reflexo distorcido.
Com partes nítidas,
outras nem tanto.
Por hora resignado
a sofrer
e, paradoxalmente,
proteger.
E o espelho não é apenas retrato.
É movimento.
É mudança.
Se houver certeza,
de te amar.
Talvez seja tarde.
Mas quem nunca teve medo de sofrer.
Resignar-se-á a lutar por seu amor.
Esse espelho é vidente.
Não só vê futuro,
mas também passado e presente.
sábado, 3 de maio de 2008
Sólido
encontram-se.
Clarões,
ardentes lampejos.
Filmes.
A grande produção de Morfeu
não respeita distâncias.
Antes fosse o deleite
real.
Próximos,
corpos em brasa.
Poluindo o ar.
A negra ,
bela
fumaça do amar.
Verto-me em paixão.
Inclino-me,
venero minha musa.
Subverto os sonhos.
Desperto
entre lençóis.
O travesseiro, sua amante.
Só lido;
sólido.
Lido
só.
Só, li dó.
domingo, 27 de abril de 2008
Duas Paixões
fumaça.
Tóxica paixão
traz-me pigarro.
Na outra mão;
fragrância
exala o jasmim.
Doce paixão em flor
traz-me saudades.
Enquanto a distância separa,
lembro-te no perfume da flor.
Contento-me com o odor.
(acendo outro cigarro)
O doce trago da lembrança,
da antítese olfativa.
Por aquele lindo jasmim
abandono o irresistível cigarro.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Sonhos e saudades
o corpo sente
a palavra perdida.
A alma perdida
e o corpo doente.
(Suspiros)
O encontro de vozes distantes;
de corpos separados,
sofrem.
O pombo-correio se apressa,
notícias chegam com velocidade
e diminui distâncias.
Em sonhos,
os corpos se encontram,
os lábios se tocam
e o gozo reprimido
explode.
Em face a tal acontecimento,
esforçam-se
a se encontrar durante a noite
em devaneios oníricos,
esperando amar,
mesmo que a matéria não se toque.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Resposta ao poeta fragmentado
Faz-se de vítima,
perde o que sente.
Papel
lápis
borracha
caneta.
Uma bolsa.
Poeta preguiçoso,
ridículo.
pensa
transpira
quase que pira,
mas não escreve o que sente.
Sentidos
olhos
ouvidos
Atentos?
Momentos perdidos
e o poeta mente,
arruma desculpa,
se recusa da labuta.
Vergonha?
Sem vergonha!
As lágrimas caem
de um decepção pungente.
Oh, danado de poeta.
Escreva logo o que sente...
Fragmentos de um poeta
pensa,
contempla.
Respira,
inspira.
Expira,
inspira a ação.
Transpira,
molha a face.
Procura o lápis,
o papel.
Vasculha,
quase chora.
(silêncio fúnebre)
Bolsos vazios,
situação abjeta.
Ele mensura as perdas.
Não consegue.
Esquece.
A poesia sumiu.
Desfez-se o poeta.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Quando dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço
toca o chão e faz-se música.
Molha o rosto e a nuca.
Faz do dia a imagem vagal.
Dois corpos molhados se encontram,
tocam-se em chamas, emitindo ruídos.
O gozo deixa o ar poluído,
o sono chega e os corpos descansam.
E a luz dos raios de sol trazem alegria,
esquenta a água, o chão e o ar.
A cama volta a soluçar
e os corpos desnudos vertem-se em euforia.
A noite e o dia,
o sol e a lua,
O sono e o orgasmo,
O silêncio e o barulho.
Nada faria sentido;
Sem dois que se procuram e se acham
E vem o homem, transmuta-se em deus.
Transforma o amor em um sentimento frusto,
separa-se sem nada a explicar
E o choro?
surge da noite,
de um olhar triste e vacilante,
que transforma-se,
sob o olhar penetrante
de dois olhos amantes.
Não importa, distância ou insegurança,
o vil e mesquinho sentimento da desconfiança,
pois estes dois corpos
estão destinados a se encontrar.
E do encontro?
Beijos, carícias.
Toques, faíscas.
Abraços que fazem o corpo tremer,
do encanto que só a paixão é capaz de provocar.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
O ébrio e o bar (a Y. F.)
surgem dois grandes olhos:
castanhos,
da cor de mel.
Em meio ao bar,
álcool e olhares.
Conversas vulgares,
cachaça com mel para tragar.
Em meio a música,
seu canto.
Encanto de sereia,
enebria em teia.
Em meio ao luar,
o solitário vagueia.
O instante incendeia,
a esquina a brilhar.
E no mar,
emerge o mito.
Hipnotiza com um grito,
o apaixonado a chorar.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
na Laje Sentado em Dia de carnaval...
De certo, todas as existências
Na luz mais pura de nossas essências;
confluem no furor:
O carnaval, é carnaval
Nem de samba, nem de breque
Pulso, ritmo torto,
que em voz entoa.
Carnaval, esquece-me!
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Quando morre o amor...
incha o peito,
dói a alma,
deixa rubro o rosto,
e faz ferver a mente...
Não adianta antibióticos,
analgésicos,
ou até mesmo anti-inflamatórios.
Quem dera o corte do bisturi,
com seu canto seco e preciso,
sarjar esse mal.
De maneira inexplicável,
verte-se em câncer,
transforma-se em ódio.
Célula por célula enche-se de rancor;
as glândulas produzem tristeza,
que se espalha pelas veias.
O ar repleto de indiferença sufoca,
mágoas causam indigestão,
as angústias não saem pela urina
e ficam presas no coração.
O corpo tenta lutar;
o fígado não mais funciona,
rins, pulmões e cérebro também.
Não adianta prescrever transplante.
O único atestado, mais uma vez, é o da morte.
sábado, 3 de novembro de 2007
Chapaixão...
E a mente não ousa pensar;
Só age.
Tiro solto no ar,
Imagem congelada;
Suicida, com sua grande paixão
E, lentamente, a bala teima andar;
Aproxima-se,
Colide
Morto! Estendido no chão.
Já não pode mais respirar...
03/11/2007
Pinky
domingo, 2 de setembro de 2007
Plenitude
O soluço incontido
A lágrima vacilante
O coração abatido.
Seu sorriso, seu olhar
Sinto-os constantes
Saudades no ar
Do seu rosto infante.
As palavras proferidas
O choro no instante,
Essa vida desmedida
De distâncias rompantes.
Quem sabe um dia
A mais triste alegria,
Façam-se os mundos distantes
A vizinhança incessante.
Voltaria a ser pleno
Neste mundo nefasto,
Ao ver seus olhos
Brilharem no espaço.
Inevitável tristeza
Que me abate e dói,
Incomparável beleza
Que seu sorriso constrói.
Seu jeito menina
Cativa-me, ensina-me
A pureza da vida
Minha alegria vivida.
Nesse ínterim desfaço
Meus versos, nem alegres nem tristes
Sentimentos intensos
De um garoto que existe...
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Anatomia dos amantes...
Olhando teu rosto,
Penetrando nos teus olhos;
O brilho intenso do teu sorriso,
Impede-me de dissecar o teu corpo.
Sou anatomista, disseco almas.
Meus olhos te analisam,
As mãos se insinuam
E você na gélida pedra.
Quero corta-te.
Não com bisturi
A mim só me interessam palavras e carícias.
Entrega-te, não te machuco;
Entrega-te, eu te darei prazer;
Entrega-te e não tenha medo;
Só disseco os sentimentos.
Intestinos, baço, pâncreas, fígado?
Não.
Olhares, sorrisos, alma e orgasmo.
E no fim, só resta o prazer de te colocar no colo;
Beijar-te e amar-te.
E, por fim,
Ficar com meu barco a deriva.
Solto na maré alta.
Solitário pirata que ama;
Que não abandona o barco.
Seja na calmaria,
Seja quando se vê em naufrágio.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Sexo perante o sexo... Amor perante o amor.
O que tem no sexo?
Tudo antes, o sexo
Que mal faz, sexo
Eu quero fazer, sexo
O que é, o sexo?
Viver de sexo
Fazer o sexo
Pensar no sexo
As diferenças do sexo...
Onde está o amor, senão o sexo...
Existe amor sem sexo?
Qual a diferença entre amor e... o sexo?
Fazer amor, ou sexo?
Sexo é vai e vém, repetição...
E o amor? Simples menção
Uns dizem, quero amor, não quero sexo...
Outros: só sexo
E eu? Amor e sexo?
O que vale mais, amor ou sexo?
Amor ou sexo, cada qual seu momento
Ora quero amor
Ora sexo
Desejo sexo todos os dias
E o amor
Uma, no máximo duas ou três vezes na vida...
sábado, 25 de agosto de 2007
Angústia
Todas as sensações singulares de ausência
Confluem em um cavalar sentimento;
De total decadência
Garganta travada, em sufocamento.
Todos os pensamentos vagos e distantes
Uma esperança de improváveis acontecimentos;
De intermináveis instantes
Peito apertado, em sufocamento.
De que vale minha angústia?
Por hora me destrói
Impede-me de reagir e refletir
O que é real?
As palavras fogem
Uma cama, um cigarro,
Luzes no monitor
Não insista, diz minha consciência;
Só resta o silêncio...
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Só me resta o cigarro
Nem beijo, nem escarro
Nem mão, nem pedra
Sem chão e em queda
Só me resta essa vontade de fumar
Queria até beijar
Essa dor repetida no peito
Fumar até que o câncer me adoeça
O câncer de sofrer repetidas vezes
É melhor jogarem pedras na minha cabeça
A paixão para mim é estranha
Cheia de palavras e momentos desconexos
Cheia de dor e cigarros
Chega de dor e cigarros!
Vou desligar esse monitor
E parar de falar do dissabor
Vou ligar para você
E te dizer:
"Vamos, saia comigo,
eu não mereço esse castigo"
Pronto, acabei, te liguei!
Caixa postal, que droga!
Recado dado e só me resta aguardar a resposta...