"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."

"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."

sexta-feira, 14 de março de 2008

Resposta ao poeta fragmentado

Poeta displicente.
Faz-se de vítima,
perde o que sente.

Papel
lápis
borracha
caneta.

Uma bolsa.

Poeta preguiçoso,
ridículo.
pensa
transpira
quase que pira,
mas não escreve o que sente.

Sentidos
olhos
ouvidos
Atentos?

Momentos perdidos
e o poeta mente,
arruma desculpa,
se recusa da labuta.

Vergonha?

Sem vergonha!
As lágrimas caem
de um decepção pungente.

Oh, danado de poeta.
Escreva logo o que sente...

Fragmentos de um poeta

Anda na rua,
pensa,
contempla.

Respira,
inspira.
Expira,
inspira a ação.

Transpira,
molha a face.

Procura o lápis,
o papel.

Vasculha,
quase chora.

(silêncio fúnebre)

Bolsos vazios,
situação abjeta.

Ele mensura as perdas.
Não consegue.
Esquece.

A poesia sumiu.
Desfez-se o poeta.