Rogar ao futuro.
Exigir garantias, que não existem.
Oscilamos.
Balançamos.
Quase caímos.
E nos arrependemos?
Sentir o viver e quase morrer.
Tornar o enigma em sentido,
se perder.
Fazer da dúvida a luta contra o perigo.
Pensar no passado como se fosse futuro.
Cavar o coração seco.
Encontrar os sentimentos como se violasse túmulos.
Profanar os sentidos.
Viver o presente com dias felizes
e outros nem tanto.
Pintar os tons e semitons.
Fazer de nossas vidas aquarelas de emoções.
O degradê performático das dores
e de amores:
-Querer o rosa.
O vermelho arrebatador.
Conviver com o azul e escutar um blues.
Esfriar a cabeça na tempestade e viver sentindo...
(Resta-nos comemorar por estarmos vivos?)
Juntar o seu amarelo com o meu azul
e fazer de verde os dias de bonança.