A plenitude inconstante
O soluço incontido
A lágrima vacilante
O coração abatido.
Seu sorriso, seu olhar
Sinto-os constantes
Saudades no ar
Do seu rosto infante.
As palavras proferidas
O choro no instante,
Essa vida desmedida
De distâncias rompantes.
Quem sabe um dia
A mais triste alegria,
Façam-se os mundos distantes
A vizinhança incessante.
Voltaria a ser pleno
Neste mundo nefasto,
Ao ver seus olhos
Brilharem no espaço.
Inevitável tristeza
Que me abate e dói,
Incomparável beleza
Que seu sorriso constrói.
Seu jeito menina
Cativa-me, ensina-me
A pureza da vida
Minha alegria vivida.
Nesse ínterim desfaço
Meus versos, nem alegres nem tristes
Sentimentos intensos
De um garoto que existe...