Distantes
encontram-se.
Clarões,
ardentes lampejos.
Filmes.
A grande produção de Morfeu
não respeita distâncias.
Antes fosse o deleite
real.
Próximos,
corpos em brasa.
Poluindo o ar.
A negra ,
bela
fumaça do amar.
Verto-me em paixão.
Inclino-me,
venero minha musa.
Subverto os sonhos.
Desperto
entre lençóis.
O travesseiro, sua amante.
Só lido;
sólido.
Lido
só.
Só, li dó.
"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."
"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."
domingo, 27 de abril de 2008
Duas Paixões
Sinto o cheiro,
fumaça.
Tóxica paixão
traz-me pigarro.
Na outra mão;
fragrância
exala o jasmim.
Doce paixão em flor
traz-me saudades.
Enquanto a distância separa,
lembro-te no perfume da flor.
Contento-me com o odor.
(acendo outro cigarro)
O doce trago da lembrança,
da antítese olfativa.
Por aquele lindo jasmim
abandono o irresistível cigarro.
fumaça.
Tóxica paixão
traz-me pigarro.
Na outra mão;
fragrância
exala o jasmim.
Doce paixão em flor
traz-me saudades.
Enquanto a distância separa,
lembro-te no perfume da flor.
Contento-me com o odor.
(acendo outro cigarro)
O doce trago da lembrança,
da antítese olfativa.
Por aquele lindo jasmim
abandono o irresistível cigarro.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Sonhos e saudades
Se em saudade
o corpo sente
a palavra perdida.
A alma perdida
e o corpo doente.
(Suspiros)
O encontro de vozes distantes;
de corpos separados,
sofrem.
O pombo-correio se apressa,
notícias chegam com velocidade
e diminui distâncias.
Em sonhos,
os corpos se encontram,
os lábios se tocam
e o gozo reprimido
explode.
Em face a tal acontecimento,
esforçam-se
a se encontrar durante a noite
em devaneios oníricos,
esperando amar,
mesmo que a matéria não se toque.
o corpo sente
a palavra perdida.
A alma perdida
e o corpo doente.
(Suspiros)
O encontro de vozes distantes;
de corpos separados,
sofrem.
O pombo-correio se apressa,
notícias chegam com velocidade
e diminui distâncias.
Em sonhos,
os corpos se encontram,
os lábios se tocam
e o gozo reprimido
explode.
Em face a tal acontecimento,
esforçam-se
a se encontrar durante a noite
em devaneios oníricos,
esperando amar,
mesmo que a matéria não se toque.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Resposta ao poeta fragmentado
Poeta displicente.
Faz-se de vítima,
perde o que sente.
Papel
lápis
borracha
caneta.
Uma bolsa.
Poeta preguiçoso,
ridículo.
pensa
transpira
quase que pira,
mas não escreve o que sente.
Sentidos
olhos
ouvidos
Atentos?
Momentos perdidos
e o poeta mente,
arruma desculpa,
se recusa da labuta.
Vergonha?
Sem vergonha!
As lágrimas caem
de um decepção pungente.
Oh, danado de poeta.
Escreva logo o que sente...
Faz-se de vítima,
perde o que sente.
Papel
lápis
borracha
caneta.
Uma bolsa.
Poeta preguiçoso,
ridículo.
pensa
transpira
quase que pira,
mas não escreve o que sente.
Sentidos
olhos
ouvidos
Atentos?
Momentos perdidos
e o poeta mente,
arruma desculpa,
se recusa da labuta.
Vergonha?
Sem vergonha!
As lágrimas caem
de um decepção pungente.
Oh, danado de poeta.
Escreva logo o que sente...
Fragmentos de um poeta
Anda na rua,
pensa,
contempla.
Respira,
inspira.
Expira,
inspira a ação.
Transpira,
molha a face.
Procura o lápis,
o papel.
Vasculha,
quase chora.
(silêncio fúnebre)
Bolsos vazios,
situação abjeta.
Ele mensura as perdas.
Não consegue.
Esquece.
A poesia sumiu.
Desfez-se o poeta.
pensa,
contempla.
Respira,
inspira.
Expira,
inspira a ação.
Transpira,
molha a face.
Procura o lápis,
o papel.
Vasculha,
quase chora.
(silêncio fúnebre)
Bolsos vazios,
situação abjeta.
Ele mensura as perdas.
Não consegue.
Esquece.
A poesia sumiu.
Desfez-se o poeta.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Quando dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço
Toda gota d'água caída de um temporal,
toca o chão e faz-se música.
Molha o rosto e a nuca.
Faz do dia a imagem vagal.
Dois corpos molhados se encontram,
tocam-se em chamas, emitindo ruídos.
O gozo deixa o ar poluído,
o sono chega e os corpos descansam.
E a luz dos raios de sol trazem alegria,
esquenta a água, o chão e o ar.
A cama volta a soluçar
e os corpos desnudos vertem-se em euforia.
A noite e o dia,
o sol e a lua,
O sono e o orgasmo,
O silêncio e o barulho.
Nada faria sentido;
Sem dois que se procuram e se acham
E vem o homem, transmuta-se em deus.
Transforma o amor em um sentimento frusto,
separa-se sem nada a explicar
E o choro?
surge da noite,
de um olhar triste e vacilante,
que transforma-se,
sob o olhar penetrante
de dois olhos amantes.
Não importa, distância ou insegurança,
o vil e mesquinho sentimento da desconfiança,
pois estes dois corpos
estão destinados a se encontrar.
E do encontro?
Beijos, carícias.
Toques, faíscas.
Abraços que fazem o corpo tremer,
do encanto que só a paixão é capaz de provocar.
toca o chão e faz-se música.
Molha o rosto e a nuca.
Faz do dia a imagem vagal.
Dois corpos molhados se encontram,
tocam-se em chamas, emitindo ruídos.
O gozo deixa o ar poluído,
o sono chega e os corpos descansam.
E a luz dos raios de sol trazem alegria,
esquenta a água, o chão e o ar.
A cama volta a soluçar
e os corpos desnudos vertem-se em euforia.
A noite e o dia,
o sol e a lua,
O sono e o orgasmo,
O silêncio e o barulho.
Nada faria sentido;
Sem dois que se procuram e se acham
E vem o homem, transmuta-se em deus.
Transforma o amor em um sentimento frusto,
separa-se sem nada a explicar
E o choro?
surge da noite,
de um olhar triste e vacilante,
que transforma-se,
sob o olhar penetrante
de dois olhos amantes.
Não importa, distância ou insegurança,
o vil e mesquinho sentimento da desconfiança,
pois estes dois corpos
estão destinados a se encontrar.
E do encontro?
Beijos, carícias.
Toques, faíscas.
Abraços que fazem o corpo tremer,
do encanto que só a paixão é capaz de provocar.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
O ébrio e o bar (a Y. F.)
Em meio a arranha céus,
surgem dois grandes olhos:
castanhos,
da cor de mel.
Em meio ao bar,
álcool e olhares.
Conversas vulgares,
cachaça com mel para tragar.
Em meio a música,
seu canto.
Encanto de sereia,
enebria em teia.
Em meio ao luar,
o solitário vagueia.
O instante incendeia,
a esquina a brilhar.
E no mar,
emerge o mito.
Hipnotiza com um grito,
o apaixonado a chorar.
surgem dois grandes olhos:
castanhos,
da cor de mel.
Em meio ao bar,
álcool e olhares.
Conversas vulgares,
cachaça com mel para tragar.
Em meio a música,
seu canto.
Encanto de sereia,
enebria em teia.
Em meio ao luar,
o solitário vagueia.
O instante incendeia,
a esquina a brilhar.
E no mar,
emerge o mito.
Hipnotiza com um grito,
o apaixonado a chorar.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
na Laje Sentado em Dia de carnaval...
É o carnaval que nos sustenta?
De certo, todas as existências
Na luz mais pura de nossas essências;
confluem no furor:
O carnaval, é carnaval
Nem de samba, nem de breque
Pulso, ritmo torto,
que em voz entoa.
Carnaval, esquece-me!
De certo, todas as existências
Na luz mais pura de nossas essências;
confluem no furor:
O carnaval, é carnaval
Nem de samba, nem de breque
Pulso, ritmo torto,
que em voz entoa.
Carnaval, esquece-me!
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Quando morre o amor...
Todo fim de amor é como uma inflamação:
incha o peito,
dói a alma,
deixa rubro o rosto,
e faz ferver a mente...
Não adianta antibióticos,
analgésicos,
ou até mesmo anti-inflamatórios.
Quem dera o corte do bisturi,
com seu canto seco e preciso,
sarjar esse mal.
De maneira inexplicável,
verte-se em câncer,
transforma-se em ódio.
Célula por célula enche-se de rancor;
as glândulas produzem tristeza,
que se espalha pelas veias.
O ar repleto de indiferença sufoca,
mágoas causam indigestão,
as angústias não saem pela urina
e ficam presas no coração.
O corpo tenta lutar;
o fígado não mais funciona,
rins, pulmões e cérebro também.
Não adianta prescrever transplante.
O único atestado, mais uma vez, é o da morte.
incha o peito,
dói a alma,
deixa rubro o rosto,
e faz ferver a mente...
Não adianta antibióticos,
analgésicos,
ou até mesmo anti-inflamatórios.
Quem dera o corte do bisturi,
com seu canto seco e preciso,
sarjar esse mal.
De maneira inexplicável,
verte-se em câncer,
transforma-se em ódio.
Célula por célula enche-se de rancor;
as glândulas produzem tristeza,
que se espalha pelas veias.
O ar repleto de indiferença sufoca,
mágoas causam indigestão,
as angústias não saem pela urina
e ficam presas no coração.
O corpo tenta lutar;
o fígado não mais funciona,
rins, pulmões e cérebro também.
Não adianta prescrever transplante.
O único atestado, mais uma vez, é o da morte.
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