"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."

"Não se iluda, minha calma não tem nada a ver... Sou bandido, sou sem alma e minto..."

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Quando dois corpos ocupam o mesmo lugar no espaço

Toda gota d'água caída de um temporal,
toca o chão e faz-se música.
Molha o rosto e a nuca.
Faz do dia a imagem vagal.

Dois corpos molhados se encontram,
tocam-se em chamas, emitindo ruídos.
O gozo deixa o ar poluído,
o sono chega e os corpos descansam.

E a luz dos raios de sol trazem alegria,
esquenta a água, o chão e o ar.
A cama volta a soluçar
e os corpos desnudos vertem-se em euforia.

A noite e o dia,
o sol e a lua,
O sono e o orgasmo,
O silêncio e o barulho.
Nada faria sentido;
Sem dois que se procuram e se acham

E vem o homem, transmuta-se em deus.
Transforma o amor em um sentimento frusto,
separa-se sem nada a explicar

E o choro?
surge da noite,
de um olhar triste e vacilante,
que transforma-se,
sob o olhar penetrante
de dois olhos amantes.

Não importa, distância ou insegurança,
o vil e mesquinho sentimento da desconfiança,
pois estes dois corpos
estão destinados a se encontrar.

E do encontro?
Beijos, carícias.
Toques, faíscas.
Abraços que fazem o corpo tremer,
do encanto que só a paixão é capaz de provocar.